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A Paraíba se manteve livre de registros de seca durante o mês de junho, conforme a última atualização do Monitor de Secas, divulgada ontem pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). Desde que o monitoramento teve início, no ano de 2014, esta é a primeira vez que o estado fica três meses seguidos nessa posição.

Além disso, junto aos estados de Alagoas, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sergipe, a Paraíba registrou, em junho, a melhor condição em relação ao cenário do fenômeno no país, conforme avaliação da ANA.

Em junho, a situação da seca no Nordeste foi a mais branda entre as cinco regiões monitoradas pela ANA, com seca moderada em 8% da região e seca fraca em 25% de seu território. Em termos de áreas com seca, o Nordeste teve um aumento da área total com o fenômeno de 30% para 33% entre maio e junho. Essa elevação foi resultado do avanço da seca em Bahia, Maranhão, Ceará, Piauí e Pernambuco.

Cenário nacional

Entre maio e junho, houve um abrandamento da seca em Mato Grosso, Pará e Roraima. No sentido oposto, o fenômeno se intensificou no Acre, Amazonas, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e São Paulo. Em termos de severidade, a seca ficou estável em 10 unidades da Federação: Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia e Tocantins.

Quatro estados registraram seca em 100% do território em maio deste ano: Acre, Amazonas, Distrito Federal e Roraima. Nas demais unidades da Federação que registraram área com seca, os percentuais variaram de 11% a 98%.

Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Amazonas lidera a área total com seca, seguido por Pará, Mato Grosso, Minas Gerais e Goiás. No total, entre abril e maio, a área com o fenômeno aumentou de 5,68 milhões para 5,83 milhões de km², o equivalente a 68% do território brasileiro.

O Monitor de Secas

A ferramenta realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo.

Coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), o Monitor de Secas vem sendo utilizado para auxiliar o planejamento e a execução de políticas públicas.

A metodologia da ferramenta foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 25 de julho de 2024.


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A União

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