A Polícia Civil do Distrito Federal indiciou o ex-deputado federal Daniel Silveira (RJ) por quebrar a tornozeleira eletrônica que passou a utilizar em 31 de março de 2022, quando ainda ocupava o cargo no Câmara.

No indiciamento, feito na quarta-feira 30, a corporação acusa Silveira de dano, crime para o qual a pena prevista é de um a seis meses.

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O rompimento da tornozeleira ocorreu em abril do ano passado. O então parlamentar disse que danificou o equipamento por acreditar que havia uma escuta dentro do objeto.

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A Polícia Civil, no entanto, encaminhou a tornozeleira para a perícia do Instituto de Criminalista, que descartou adulteração do equipamento.

Ele seria ouvido por videoconferência sobre o caso na quarta-feira, mas não compareceu à audiência virtual em espaço organizado no Complexo Penitenciário de Gericinó (Bangú VIII).

Silveira está preso desde 2 de fevereiro, um dia depois do fim do seu mandato de deputado. A prisão foi decretada por Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em razão de uma série de descumprimento de medidas cautelares, segundo o ministro.

Daniel Silveira foi condenado a mais de oito anos de prisão

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Ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão preventiva de Daniel Silveira em fevereiro, depois convertida em execução de pena | Foto: Reprodução/STF

Daniel Silveira cumpre pena de oito anos e nove meses de prisão, no Rio de Janeiro desde o fim de maio deste ano. Ele foi condenado em abril de 2022 pelo STF por ter publicado em fevereiro de 2021 nas redes sociais um vídeo com xingamentos e ofensas a ministros do STF.

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Um dia depois, o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou um decreto para conceder perdão a Silveira. Mas, em maio deste ano, o STF invalidou a decisão, e a prisão preventiva que o ex-deputado cumpria à época foi convertida em prisão para execução de pena de oito anos e nove meses.

Leia também: Congresso em xeque, reportagem publicada na Edição 106 da Revista Oeste.

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R7

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