O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e mais seis pessoas foram convocados a depor simultaneamente à Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (31) sobre o escândalo das joias. Relembre abaixo o suposto caso de corrupção.

Linha do tempo do caso das joias

  • No dia 26 de outubro de 2021, a comitiva do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro retornou da Arábia Saudita em voo comercial;
  • No aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, os agentes da Receita Federal apreenderam um estojo com joias e uma escultura de um cavalo de ouro;
  • Em dezembro de 2022, a Presidência da República solicitou a retirada dos bens apreendidos. No entanto, não ficou claro se a solicitação era para a Presidência ou para o ex-presidente, que teria que pagar impostos sobre os bens;
  • Em 3 de março de 2023, o jornal “O Estado de São Paulo” revelou que a gestão de Jair Bolsonaro havia recebido presentes da Arábia Saudita que não haviam sido registrados no acervo da Presidência;
  • Em 5 de março, foi revelado que um segundo kit de presentes de luxo, contendo objetos da marca Chopard, estava no acervo privado de Bolsonaro. O kit incluía um relógio, abotoaduras, caneta e anel;
  • No dia seguinte, 6 de março, o então ministro da Justiça, Anderson Torres, determinou a abertura de um inquérito para investigar as joias. O ex-presidente foi intimado a devolver os bens à União no prazo de cinco dias;
  • Em 28 de março, foi revelado que Bolsonaro havia recebido um terceiro kit de joias da Arábia Saudita. A defesa do ex-presidente afirmou que os bens “foram devidamente registrados, catalogados e incluídos no acervo da Presidência da República”;
  • No dia seguinte, 29 de março, Bolsonaro e o ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid, foram intimados a depor no inquérito das joias;
  • Em 11 de agosto de 2023, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão contra o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, o pai dele, o general Mauro Lourena Cid, o ex-advogado de Jair Bolsonaro, Frederick Wassef, e o tenente do Exército Osmar Crivolatti;
  • O inquérito aponta para uma “organização criminosa” com pelo menos quatro envolvidos na compra e venda de objetos valiosos da União, segundo a PF;
  • Desde então, foram sendo revelados diversos casos que culminaram na intimação para o depoimento coletivo de hoje;
  • No entanto, o depoimento não ocorreu, pois a defesa de Bolsonaro e de Michelle Bolsonaro entrou com uma petição para permanecer em silêncio, alegando “conflito de competência” jurídica no caso.

Além de Michelle e Jair, também foram à PF nesta quinta:

  • Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação da Presidência da República e advogado de Bolsonaro;
  • Frederick Wassef, advogado de Bolsonaro;
  • Tenente Osmar Crivelatti, ex-assessor da Presidência da República;
  • Coronel Marcelo Câmara, ex-assessor da Presidência da República.
  • Tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
  • General Mauro Lourena Cid, pai de Mauro Cid.

Veja também: o que a PF podia perguntar a Bolsonaro e Michelle no caso das joias

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*Publicado por Pedro Jordão, da CNN em São Paulo

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Fonte : CNN BRASIL

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