O Primeiro Comando da Capital (PCC) deu ordem para o “sniper do tráfico” se entregar, segundo autoridades policiais ligadas à investigação sobre a morte do soldado da Polícia Militar (PM) Patrick Bastos Reis. A afirmação foi dada ao site Metrópoles.

Os investigadores contaram que foi o PCC quem ordenou que Erickson David da Silva, o Deivinho, se entregasse à polícia no último domingo 30.

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Mais conhecido no mundo do crime como “sniper do tráfico”, ele é apontado pela polícia como o autor do disparo que matou o soldado Reis no dia 27 de julho.

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No início da operação, batizada de ‘Escudo’, a Rota esteve na Favela Canta Galo, no Guarujá | Foto: Reprodução/Redes sociais

Ao Metrópoles, um integrante da cúpula da Polícia Civil explicou que a operação nas comunidades do Guarujá, no litoral sul paulista, começou a prejudicar o tráfico de drogas na região, o que teria irritado o PCC.

“A ordem para o Deivinho se entregar partiu do PCC, com certeza”, disse a autoridade policial, que não teve o nome revelado. “Isso por causa do que está acontecendo. A ação da polícia atrapalha o comércio de drogas deles.”

Segundo ele, não há indícios confirmando se os três criminosos presos pela morte do soldado Reis eram integrantes do PCC. A principal suspeita é que eles “caminhavam juntos”.

Além do “sniper do tráfico”, estão presos o irmão dele, Kauan Jason da Silva, e um homem identificado como Marcos Antônio, o Mazzaropi. “Se eles não se entregassem, seriam colocados no ‘prazo’ (lista de desafetos do PCC)”, completou a autoridade policial.

PCC queria que “sniper do tráfico” assumisse crime

O integrante da Polícia Civil ainda disse que a orientação do PCC ia além do pedido para que Deivinho se entregasse. Os chefes da organização criminosa na Baixada Santista queriam ainda que o “sniper do tráfico” assumisse a culpa pelo assassinato, algo que não ocorreu.

“A orientação era que ele se entregasse e assumisse a autoria do crime contra o soldado Reis”, afirmou a autoridade policial. “No entanto, ele se entregou mas não assumiu a culpa.”

Em depoimento, Deivinho disse à polícia que o disparo que atingiu o soldado Reis teria partido de Mazzaropi. Porém, essa versão é contestada pelos investigadores, que, por enquanto, preferem manter em sigilo o que foi dito no interrogatório.

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Fonte : Revista Oeste

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