Um ano depois de ser informado sobre a remissão total de um câncer que o atormentava, Paulo Peregrino compartilhou boas notícias sobre a doença nas redes sociais. O homem, de 62 anos, tratou o linfoma não Hodgkin através de uma terapia celular inovadora, conhecida como CAR-T.
O método utilizado no paciente usa as próprias células de defesa do corpo para combater o câncer.
“Estou aqui celebrando mais um passo em direção à cura”, afirmou Peregrino, no Instagram. “Justamente no dia do aniversário de quem foi fundamental aqui na Terra para essa caminhada continuar. Na sexta-feira dia 3 de abril, mais um PET scan [exame capaz de detectar tumores em todo o corpo] confirmando a minha remissão de 100% dos meus cânceres”.
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O paciente foi submetido ao tratamento avançado no Centro de Terapia Celular. A iniciativa é uma colaboração entre a Universidade de São Paulo (USP), a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, a Fundação Hemocentro e o Instituto Butantan.
Entenda o que é o tratamento CAR-T para o câncer
A terapia CAR-T, que permitiu ao paciente combater a doença, envolve a modificação genética das células do paciente. Essas unidades alteradas são reintroduzidas no corpo da pessoa para atacar as células cancerígenas.
O método surgiu de pesquisas anteriores das instituições sobre o transplante de medula óssea. O tratamento se destaca por transferir um sistema imune fortalecido para o paciente, de maneira a ampliar a capacidade de combate ao câncer.
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No Brasil, a aplicação do CAR-T se restringe ao uso de células do próprio paciente. Ainda não foi autorizado o uso de células de doadores. A terapia, no entanto, está designada para casos excepcionais, principalmente em pacientes com tipos agressivos de câncer ou sistemas imunológicos frágeis.
A estratégia será adotada apenas quando não houver outras opções de tratamento disponíveis.
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Fonte : Revista Oeste
