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Nos anos de 2020 e 2021, marcados pela pandemia de Covid-19, o percentual de domicílios paraibanos em que ocorreu viagem de ao menos um morador ficou em 10,5% e 11,7%, respectivamente, voltando a crescer novamente em 2023, de forma que, em 212 mil domicílios, ou 14,5% do total, houve ocorrência de viagem de moradores, tendo essas proporções ficado abaixo das verificadas no Brasil, de 13,9%, 12,7% e 19,8%, respectivamente, de acordo com o módulo de turismo da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad C), cujos resultados foram divulgados pelo IBGE ontem.

Apesar desse crescimento, a Paraíba ficou com a nona menor proporção de domicílios com algum morador que viajou em 2023, acima apenas de Acre (6%), Amapá (10,3%), Roraima (10,6%), Rondônia (10,8%), Pernambuco (11,9%), Alagoas (12,5%), Amazonas (13%) e Ceará (13,5%).

Dos 21,1 milhões de viagens nacionais estimadas, que ocorreram em todo o Brasil em 2023, 298 mil tiveram a Paraíba como origem, o que representa 1,4% do total. Esse resultado mostra a continuidade do crescimento das viagens por parte dos paraibanos, em relação aos anos de 2020 (180 mil) e 2021 (209 mil), com variações de 16,1% e 42,6% entre 2020–2021 e 2021–2023, respectivamente. Ressalte-se que esse cálculo também considera os deslocamentos entre municípios de uma mesma unidade da federação.

Esse aumento de viagens realizadas por moradores na Paraíba foi alavancado pelas viagens com motivação pessoal, que cresceu continuamente, tendo passado de 81,9% (147 mil), para 86,3% (180 mil) e 88,5% (263 mil) do total de viagens realizadas por moradores da Paraíba, nos anos de 2020, 2021 e 2023. Isso contribuiu para que o resultado de 2023 ficasse acima das médias regional (87,3%) e nacional (85,7%). Por outro lado, a proporção de viagens com finalidades profissionais caía, apesar do incremento na quantidade de viagens entre os extremos do período: passou de 18,1% (32 mil), para 13,7% (29 mil) e 11,5% (34 mil), respectivamente.

No caso das viagens que ocorreram por motivo pessoal, a principal razão para isso, apontada pelo estudo, foi a categoria Lazer, com 34,8% (92 mil) do total estadual, tendo crescido em relação a 2020 (28,7%; 42 mil) e 2021 (23,3%; 42 mil). Em seguida, temos o motivo Tratamento de saúde ou consulta médica, que passou de 21,6% (32 mil) para 34% (61 mil) e 30,8% (81 mil), respectivamente.

Já a categoria Outro, que inclui compras pessoais, curso, estudo ou congresso pessoal, religião ou peregrinação, bem–estar e outros motivos, teve sua participação se elevando de 7,3% (11 mil) para 8,7% (16 mil) e 10,7% (28 mil). Por outro lado, a categoria Visita ou evento de familiares e amigos teve participação caindo sistematicamente, tendo passado de 42,4% (62 mil) para 34% (61 mil) e 23,7% (62 mil), respectivamente.

Ainda de acordo com a Pnad C, a principal frequência de local de hospedagem pelos paraibanos que viajaram, em 2023, ficou com a categoria Outro, que inclui albergue, hostel ou camping, outros tipos de hospedagem e também quando não houve hospedagem, com 41% (122 mil) do total das hospedagens, tendo crescido 7,9 pontos percentuais (p.p.) em relação a 2020, com 33,1% (59 mil).

O segundo lugar mais procurado para hospedagem foi a casa de amigo ou parente, que, apesar de ter aumentado continuamente em termos de número de hospedagens, teve redução de participação entre 2020 e 2023: passou de 46,4% (83 mil) para 37,3% (111 mil). As categorias Hotel, resort ou flat, bem como Imóvel por temporada ou AirBnb tiverem participação estabilizada entre 2020 e 2023, em torno de 11% e 3%, respectivamente, enquanto a Hospedagem em pousada passava de 4,8% para 5,3%

O meio de transporte mais comum utilizado pelos paraibanos, em suas viagens, foi o carro particular ou de empresa, que continuou a crescer em termos absolutos, mas reduziu sua importância no total das viagens realizadas: passou de 59% (106 mil viagens), em 2020, para 48,4% (101 mil), em 2021, e 43,4% (129 mil), em 2023.

Por outro lado, algumas categorias de meio de transporte tiveram crescimento de participação, com destaque para a categoria Outro, que inclui carro alugado, navio ou barco, táxi ou aplicativo de transporte, trem e outros meios de transporte, que passou de 13,4% (24 mil) para 15,8% (33 mil) e 22,4% (67 mil), respectivamente. As viagens de ônibus de linha também tiveram aumento, tendo passado de 10,5% (19 mil) para 10,4% (22 mil) e 11,2% (33 mil), respectivamente, enquanto as viagens de avião saíram de 6,8% (12 mil) para 6,3% (13 mil) e 7,3% (22 mil), nesses anos considerados.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 14 de setembro de 2024.


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A União

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