A Marfrig (MRFG3) encontrou suporte na BRF (BRFS3), na qual é a principal acionista, para encerrar o quarto trimestre de 2023 no azul. A empresa de carne bovina controlada por Marcos Molina encerrou o período com lucro líquido de R$ 12 milhões, ante prejuízo de R$ 628 milhões no mesmo intervalo de 2022.

A companhia viu seu lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) crescer 30,3% no quatro trimestre do ano passado, para R$ 2,9 bilhões. Já a receita líquida caiu 2,2%, para R$ 36,6 bilhões.

Com lucro de R$ 823 milhões e Ebitda de R$ 1,9 bilhão no quarto trimestre, a BRF foi o fiel da balança para a Marfrig. Com isso, a empresa interrompeu uma sequência de quatro trimestres consecutivos de prejuízos.

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“A BRF contribuiu com 64% do Ebitda da Marfrig no quarto trimestre de 2023. No mesmo período de 2022, a contribuição havia sido de 44%. A BRF tem recuperado sua rentabilidade e acreditamos que vai continuar entregando resultados fortes em 2024”, disse David Tang, CFO da Marfrig.

Como era esperado, os resultados da operação de bovinos nos Estados Unidos limitaram o desempenho. O Ebitda da operação norte-americana recuou 44,7% no quarto trimestre, para US$ 79 milhões, com margem de 2,6%.

“As margens nos Estados Unidos devem ser de um dígito baixo em 2024, o que é melhor do que o registrado no último ciclo de baixa disponibilidade de gado, entre 2014 e 2015, quando as margens ficaram próximas do break-even”, disse Tim Klein, CEO da operação da Marfrig na América do Norte.

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O executivo lembrou que a oferta de animais para abate deve alcançar um patamar mais elevado apenas em 2026. Por esse motivo, a companhia já desembolsou US$ 800 milhões nos últimos anos em investimentos, sendo que metade desse valor tem sido aplicado para reduzir custos operacionais.

Para a América do Sul, o aumento das unidades habilitadas a exportar, o câmbio favorável, o ciclo de aumento da oferta de gado e o crescimento da participação dos produtos de valor agregado contribuíram para as operações. O Ebitda da região cresceu 38%, para R$ 732 milhões.

“Em 2023, 40% das vendas de carne desossada foram com uma das nossas marcas, o que garante um maior valor agregado. No ano passado, a participação foi de 30% da receita da companhia”, disse Rui Mendonça, CEO da operação da América do Sul.

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Fonte : Infomoney

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