O ex-deputado federal e jornalista Paulo Eduardo Martins é o pré-candidato do Partido Liberal (PL) à Prefeitura de Curitiba. Oeste confirmou a informação nesta quinta-feira, 14.

Em seu perfil no Twitter/X, Martins afirmou que está disposto a disputar as eleições municipais pelo PL. Oeste apurou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) apoiou o nome do ex-deputado para a disputa.

“Quem acompanha o meu trabalho sabe que defendo os valores conservadores desde quando fazer isso não dava votos e nem likes“, afirmou o ex-deputado. “O partido que faça sua escolha.”

Antes de Paulo Eduardo Martins, possível candidatura de Beto Richa provocou tensões em Curitiba

Na quarta-feira 13, o deputado federal e ex-governador do Paraná Beto Richa se reuniu com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, para afinar os últimos detalhes de sua filiação à sigla. Richa sairia do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e migraria ao partido de Bolsonaro.

A migração de Richa tem como principal objetivo a disputa da Prefeitura de Curitiba pelo PL nas eleições deste ano. Contudo, a movimentação gerou conflitos na direita paranaense, que marcou uma manifestação na sede do PL contra a filiação do tucano.

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Uma das manifestações foi a do deputado estadual do Paraná, Ricardo Arruda (PL), que divulgou um vídeo em que contesta a chegada do possível correligionário. “Ninguém entendeu, nem eu”, protestou.

A eventual candidatura de Richa não contou com o aval do governador Ratinho Jr (PSD), que apoia o vice-prefeito da capital paranaense, Eduardo Pimentel (PSD), na disputa.

Beto Richa, preso pela Lava Jato

Um dos motivos que inflamaram a direita paranaense sobre a eventual candidatura de Beto Richa em Curitiba, epicentro da Operação Lava Jato, é o fato de o ex-governador ter sido preso duas vezes pela força-tarefa em investigações sobre corrupção.

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A migração de Richa tem como principal objetivo a disputa da Prefeitura de Curitiba pelo PL nas eleições deste ano | Foto: Reprodução/Facebook

Richa foi para a prisão três vezes entre o fim de 2018 e o início de 2019. Na primeira vez, em setembro de 2018, a detenção partiu do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em Curitiba. Referia-se à investigação sobre superfaturamento no programa do governo estadual Patrulha do Campo, que fazia manutenção de estradas rurais.

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Richa saiu da prisão no início de fevereiro daquele ano, mas retornou à cadeia dias depois, em março, sob a acusação de obstruir a Justiça no âmbito da Operação Quadro Negro, do Ministério Público do Paraná.

Ele era investigado por supostos desvios da ordem de R$ 20 milhões em obras de construção e reformas de escolas públicas. Os crimes teriam ocorrido entre 2012 e 2015.

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Em dezembro de 2023, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli declarou nulidade absoluta de todos os atos praticados contra Richa em processos da Lava Jato. Consequentemente, trancou as persecuções penais instauradas contra ele no âmbito da operação.

De acordo com o Instituto Paraná Pesquisas, o deputado federal e ex-prefeito de Curitiba Luciano Ducci (PSB) possui 16% de intenção de voto, seguido pelo deputado estadual Ney Leprevost (União Brasil). Na sequência, figuram Beto Richa (PSDB), com 13,5%, e o atual vice-prefeito, Eduardo Pimentel (PSD).


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Fonte : Revista Oeste

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