A controladora da rede Starbucks no Brasil, SouthRock Capital, corre o risco de ser despejada do imóvel onde está seu escritório, na Avenida Paulista.

A Fundação Casper Líbero, que é dona do prédio, entrou com uma ação de despejo, na última segunda-feira, 6, pela falta de pagamento da controladora.

A dívida da SouthRock com a fundação soma R$ 3,3 milhões e contabiliza somente aluguéis atrasados.

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Na última terça-feira, 7, a juíza Edna Kyolo Kano, da 18ª Vara Cível de São Paulo, negou a concessão da liminar para antecipar o despejo da SouthRock.

A ordem de desocupação pode ser concedida de maneira emergencial, de acordo com a Lei do Inquilinato.

Para isso, o dono do imóvel precisa depositar uma caução equivalente a três meses de aluguel.

A ordem de desocupação pode ser concedida de maneira emergencial, de acordo com a Lei do Inquilinato | Foto: Reprodução/Freepik

O imbróglio que a envolve a Starbucks e sua dívida de aluguel

Apesar de a Fundação Casper Líbero tentar usar a lei, apresentando como garantia o próprio imóvel, a juíza Edna não aceitou o pedido. Segundo a magistrada, a matrícula do prédio tem cerca de R$ 250 milhões em penhoras.

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O contrato, assinado em 2019, consta a Starbucks Brasil como sócia no acordo. A SouthRock aluga atualmente um pavimento térreo e outros cinco andares no prédio da fundação.

SouthRock pediu recuperação judicial no dia 31 de outubro

Operadora de marcas como Starbucks, Subway e Eataly no Brasil, a SouthRock pediu recuperação judicial no dia 31 de outubro.

A solicitação abrange 24 marcas do grupo, e a rede Subway não foi incluída no pedido de RJ. A SouthRock ainda perdeu o direito de uso da marca norte-americana Starbucks no Brasil, por causa do atraso no pagamento previsto no acordo de licenciamento.

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O grupo disse que não reconhece a notificação extrajudicial pela qual foi informada e continua operando as cafeterias no país.

As empresas sob gestão do grupo têm dívidas com 2.357 credores, segundo documentos do processo de recuperação judicial.

A SouthRock Capital tem dívida com 885 ex-funcionários, somando R$ 10,4 milhões, valores referentes a rescisões de contrato.

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Fonte : Revista Oeste

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