A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), definiu o calendário de depoimentos de setembro e outubro. O colegiado começa o mês ouvindo o general Carlos José Russo Assumpção Penteado, ex-número dois do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República na segunda-feira (4). Depois, é a vez do hacker Walter Delgatti Neto, que deve comparecer na semana seguinte. 



O prazo inicial de 180 dias da comissão acaba em 6 de setembro, mas os deputados distritais prorrogaram os trabalhos por mais 90 dias. Com a extensão, a CPI será encerrada em 5 de dezembro.


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Confira o calendário dos próximos depoimentos: 

4/9 (segunda-feira) — General Carlos José Russo Assumpção Penteado;

14/9 (quinta-feira) — Walter Delgatti Neto;

21/9 (quinta-feira) — Coronel Paulo Jorge Fernandes;

28/9 (quinta-feira) — Ana Priscila Azevedo;

5/10 (quinta-feira) — Major Cláudio Mendes dos Santos;

9/10 (segunda-feira) — Capitão José Eduardo Natale de Paula Pereira;

19/10 (quinta-feira) — Saulo Moura Cunha;

26/10 (quinta-feira) — Coronel Reginaldo Leitão.



Veja a seguir quem são os depoentes.


Quem é quem


O general Carlos Penteado era secretário-executivo do GSI na época dos atos de 8 de janeiro. O general Gonçalves Dias afirmou em depoimento a CPI que foi tranquilizado por ele quanto à situação na Esplanada dos Ministérios, o que teria influenciado as decisões da pasta quanto à ações do dia.  


O hacker Walter Delgatti Neto ficou conhecido pelo suposto envolvimento na organização criminosa que vazou conversas de autoridades, chamada de Operação Vaza Jato. Ele prestou depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, no Congresso Nacional, e acusou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de lhe prometer indulto caso assumisse um suposto grampo feito por agentes estrangeiros ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).



O coronel Paulo Jorge Fernandes era o chefe do Batalhão da Guarda Presidencial, e foi afastado do cargo. O coronel era o responsável por comandar o batalhão durante os atos extremistas, e se envolveu em uma discussão com policiais que prendiam vândalos dentro do Palácio do Planalto. Imagens mostraram que essa discussão ocorreu após um policial militar ter dado uma rasteira em uma extremista.


Ana Priscila Azevedo foi uma das apontadas como organizadora dos atos. Vídeos que circularam nas redes sociais mostram ela comemorando a depredação das sedes dos Três Poderes.


O major Cláudio Mendes supostamente deu treinamento militar para extremistas que planejavam os atos. Ele chegou a ser preso.


O capitão José Eduardo Natale de Paula Pereira foi filmado dentro do Palácio do Planalto dando água a extremistas durante os atos. Ele está preso.


Saulo Moura Cunha é ex-diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin)


O coronel Reginaldo Leitão, chefe do Centro de Inteligência da Polícia Militar do Distrito Federal, foi apontado como um dos membros do grupo de mensagens criado para acompanhar as manifestações.

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R7

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