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Você está tendo dificuldades para se manter alerta e focado durante o dia de trabalho, distraindo-se por longos períodos ou recorrendo à cafeína para aguentar até as 17h? Segundo um novo livro, não é você, é sua agenda.

Em “Hyperefficient: Optimize Your Brain to Transform the Way You Work” (Hipereficiente, como otimizar seu cérebro para transformar sua maneira de trabalhar, em tradução livre), a autora e neurocientista Mithu Storoni argumenta que entender melhor como seu cérebro funciona e reorganizar sua agenda em torno disso pode transformar seu foco e produtividade. Ela descobriu que o pico de foco do cérebro ocorre entre 9h ou 10h até 13h ou 14h, e novamente das 15h ou 16h até 20h ou 22h. Segundo Storoni, esses são os melhores períodos para realizar tarefas que demandam altos níveis de concentração.

Para aproveitar esses períodos de maior foco, ela recomenda organizar o dia de trabalho em blocos de 90 minutos, intercalados com intervalos de 10 a 20 minutos para limpar a mente e se recentralizar. Ela recomenda colocar a tarefa mais difícil no início de cada bloco para que você volte a ela com a mente renovada e bem descansada. Trabalhe na tarefa mais difícil por 20 a 30 minutos antes de passar para tarefas mais fáceis que você possa concluir no restante do tempo.

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“Assim que você se cansa, sua mente sai desse estado mental ideal que é necessário para o trabalho do conhecimento. Ao trabalhar [em segmentos bloqueados], você não está forçando seu cérebro a trabalhar com uma carga pesada, de modo que ele fique cansado e saia daquela zona”, explicou Storoni. “Isso permite que você permaneça em uma zona ideal e continue trabalhando por 90 minutos seguidos.”

Embora Storoni recomende pausas entre cada bloco, pessoas que estão em bom ritmo podem optar por intervalos mais curtos de 10 minutos para não perder a continuidade. Se puderem fazer uma pausa maior, ela sugere 20 minutos. Para aqueles que se sentem “mentalmente cansados e sem energia”, ela sugere realizar uma tarefa simples, como limpar o espaço, dar uma caminhada ao ar livre ou simplesmente descansar. Você também pode realizar “desapego mental ativo” fazendo palavras cruzadas, jogando um jogo ou alongando o corpo e praticando ioga.

Nesse dia otimizado, fica a seu critério o horário do almoço. Você pode achar que um ponto natural para a pausa é entre 12h30 e 13h. No entanto, tome cuidado com a ‘queda pós-almoço’, uma sensação de sonolência que muitas pessoas têm depois de comer. Durante esse período, enquanto você pode estar se sentindo sonolento, mas ainda não voltou ao trabalho, Storoni sugere algo que ainda é raro, mas está paulatinamente se tornando comum: um breve cochilo.

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“Programar cochilos de 20 minutos realmente rejuvenesce o cérebro, proporcionando a você resistência mental para manter um trabalho de alta qualidade durante a segunda metade do dia,’ afirma Storoni.

Depois do almoço, entre 13h e 15h, quando as pessoas geralmente se sentem um pouco lentas, ela recomenda agendar reuniões em vez de se concentrar em trabalhos mais analíticos que exigem maior foco — o próximo pico ocorre no final da tarde. Essas reuniões devem durar entre cinco e 20 minutos para prender a atenção de todos.

Entretanto, há uma grande ressalva para esse tipo de dia de trabalho estruturado: ele pode ser difícil de aplicar para quem realiza trabalho criativo. Atividades mais artísticas exigem que você deixe seu cérebro trabalhar em seu próprio ritmo. Ao contrário dos blocos de foco simples, os picos de criatividade geralmente ocorrem no final do dia — do momento em que acordamos até por volta das 9h ou 10h, e novamente das 20h às 22h até a hora de dormir. Storoni sugere um cronograma mais fluido para aproveitar esses picos ao trabalhar em um projeto.

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“Inicie seu dia um pouco mais cedo e termine-o mais tarde, mas reserve mais tempo para a pausa do almoço”, sugere.

Esta matéria foi publicada originalmente em Fortune.com

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Fonte : Infomoney

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