O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur
Lira (PP-AL), confirmou que a casa deve analisar em breve as mudanças feitas
pelo Senado no projeto do novo arcabouço fiscal, mas sem precisar uma data
específica. De acordo com ele, ainda não há um consenso entre os parlamentares
para aprovarem a proposta.
“Eu não quis [pautar a votação] porque não tem ainda consenso. Não posso botar uma pauta que o relator não conversou com os líderes e que não discutimos ainda as alterações do Senado, isso é natural. É normal e nós temos prazo”, disse nesta quinta (3) logo após uma reunião com líderes partidários, no final da manhã.
De acordo com ele, apenas a retirada do Fundo Constitucional do Distrito Federal do limite do marco fiscal está acordada para ser discutida e possivelmente acatada. “Nem o Fundeb foi pactuado, nem ciência e tecnologia foi pactuada e muito menos a alteração orçamentária”, completou.
Lira diz que vai passar os próximos dias, até a semana que vem, discutindo com o relator do projeto, o deputado Cláudio Cajado (PP-BA), e líderes partidários as alterações feitas pelo Senado em cima do que foi aprovado pela Câmara no final do mês de maio.
Ainda segundo Arthur Lira, a votação da regra fiscal e a reforma tributária nada tem a ver com a articulação política que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vem fazendo para ampliar a base na casa. A fala confirma a declaração dada na quarta (2) pelo ministro Fernando Haddad, da Fazenda, de que os projetos independem da entrega de ministérios a partidos do centrão.
Durante o recesso parlamentar, no mês passado, integrantes do governo fecharam acordo para que o PP e o Republicanos entrem no governo e que estão conversando com todos os partidos para ampliar a base.
Nesta quinta (3), ainda, Lula dá posse ao novo ministro do Turismo, Celso Sabino, como parte da cota do União Brasil para integrar a base governista.
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Fonte : Gazeta do Povo