Fontes que conviveram com os novos indicados a diretorias do Banco Central (BC), Rodrigo Teixeira e Paulo Picchetti, apontaram à CNN o perfil dos profissionais e contribuições que podem levar aos cargos.
Teixeira foi indicado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para a diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta (Direc). Além de servidor de carreira do BC desde 2002, ele exerce cargo de secretário especial adjunto na Casa Civil e é professor da PUC-SP.
Ele esteve ao lado de Haddad no período em que o petista foi prefeito de São Paulo (2013-2016), na Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão.
Segundo fonte que trabalhou ao lado do indicado, visto as diversas experiências — na autoridade monetária, no governo federal e na maior prefeitura do Brasil —, Teixeira levará “visão plural” ao Comitê de Política Monetária (Copom).
Para a fonte, essa trajetória faz com que o quadro tenha olhar para os efeitos da política monetária “na economia real”. Ele acredita, por exemplo, que Teixeira tem visão menos “restrita” que a composição do colegiado anterior, que manteve a Selic em 13,75% por um ano.
A fonte ainda destaca que, o trabalho junto a diferentes públicos-alvo da política pública podem ser relevantes para atuação na Direc, que trabalha por educação financeira, integração das comunicações externa e interna do Banco e atendimento a demandas do cidadão.
Já Piccheti, que foi indicado à diretoria de Assuntos Internacionais, é professor na Escola de Economia de São Paulo, da Fundação Getulio Vargas (FGV-EESP). Tem mestrado em Economia pela Universidade de São Paulo e doutorado em Economics pela University of Illinois.
Economista-chefe e sócio da Warren Rena, Felipe Salto foi aluno de Picchetti na FGV e destaca a carreira acadêmica robusta do quadro.
No âmbito do Copom, Salto acredita que Picchetti poderá fortalecer o caráter “técnico” das decisões colegiado — que é subsidiado por dados massivos do Departamento de Operações do Mercado Aberto do Banco (Demab).
Salto destaca que Picchetti pode não ter o direcionamento que tem Fernanda Guardado (atual diretora) para Assuntos Internacionais. Mas acredita que o perfil do quadro agregará à diretoria, uma das mais importantes do Banco.
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Fonte : CNN BRASIL