A um passo de integrar o primeiro escalão do governo Lula, o Republicanos já começa a se posicionar como base na Câmara dos Deputados. O primeiro ato ocorreu na noite desta terça-feira, 8, e teve como alvo uma das tantas pedras no sapato da gestão petista: a CPI do MST.

Dominada pela oposição, todas as sessões do colegiado fazem o governo perder o sono — especialmente as próximas, que prometem uma sequência de depoimentos de ministros.

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A fim de manter uma “boa imagem” com o governo Lula, o Republicanos desligou dois deputados da CPI do MST: Messias Donato (ES) e Diego Garcia (PR). O ofício foi encaminhado na noite desta terça-feira, 8, ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

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No documento, o líder do partido, Hugo Motta (PB), não informa quais seriam os motivos dos desligamentos e não diz quem serão os dois substitutos dos parlamentares.

O Republicanos é um partido que se declara “independente”. Desse modo, tem deputados de diversos espectros ideológicos. No caso de Donato e Garcia, eles estão alinhados na oposição ao governo Lula.

Até o fim deste mês, o deputado Silvio Costa (Republicanos-PE) vai ganhar um ministério da Esplanada petista. Procurada por Oeste, a equipe de Motta não retornou até a publicação desta reportagem.

Em nota, o deputado Donato informou que, durante toda sua participação na CPI, sempre se posicionou “em favor do produtor rural brasileiro e contra todos os ataques realizados pelo MST”. (Leia a nota na íntegra ao final da reportagem).

Já Garcia disse que é o parlamentar que mais apresentou requerimentos de informação ao governo Lula.

Nota do deputado Messias Donato:

“Tomei conhecimento pela imprensa que fui retirado da CPI do MST nesta terça.

Reforço que, durante toda minha participação, sempre me posicionei em favor do produtor rural brasileiro contra todos os ataques realizados pelo MST a quem produz e, também, a pessoas humildes, ao cooptá-los para participar de ações que sequer entendem a razão.

Mesmo sendo deputado pelo Espírito Santo, fui à diligência no interior de São Paulo, porque a gravidade com a qual esse movimento terrorista age atinge a brasileiros de norte a sul.

Tenho votado contra o PT, porque o que o atual governo não me representa em suas ações, inclusive passando pano para o próprio MST.

Seguirei na Câmara defendendo os valores conservadores e de direita, e reforço que os capixabas e brasileiros poderão continuar contando com este deputado federal.”

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Fonte : Revista Oeste

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